Consumo sai da letargia e cresce 0,6% no terceiro trimestre

Carro-chefe do PIB, o consumo das famílias trouxe resultado positivo pelo 7º trimestre seguido

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Rio de Janeiro

Após uma leve alta de 0,1% no segundo trimestre em comparação ao primeiro trimestre, o consumo das famílias subiu 0,6% de julho a setembro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (30).

O dado compõe o PIB (Produto Interno Bruto), que cresceu 0,8% no período.

É o sétimo trimestre em que o segmento apresenta resultado positivo, na comparação com os três meses anteriores.

Em um contexto de mercado de trabalho com geração de vagas bastante moderada e ainda focada em empregos informais, a recuperação da renda disponível para compras foi beneficiada, segundo analistas, pelos recursos liberados pelo PIS/Pasep.
 
A queda da taxa de juros para 6,5% ao ano trouxe condições mais positivas para a expansão do crédito. 

Mas a rigidez na redução dos spreads bancários fez com que a baixa não fosse totalmente repassada ao consumidor, o que ajuda a explicar a decepção com a reativação do consumo.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2017, quando o país deixava a recessão para trás, a alta no consumo das famílias foi de 1,4%.

"Este resultado foi influenciado pelas circunstâncias de alguns indicadores macroeconômicos ao longo do trimestre como a menor taxa de juros, acesso ao crédito e uma melhora no mercado de trabalho em comparação com o terceiro trimestre de 2017", informou o IBGE.

GOVERNO E INVESTIMENTOS

Já o consumo do governo foi menor, de 0,3%, tanto na comparação com o período imediatamente anterior quanto sobre o terceiro trimestre de 2017.

O resultado também é o mesmo no acumulado do ano.

Já os investimentos (formação bruta de capital fixo) subiram 6,6% no terceiro trimestre.

Segundo o IBGE, em relação ao setor externo, as exportações de bens e serviços aumentaram 6,7%, enquanto as importações subiram 10,2%, na comparação com o segundo trimestre de 2018.

“Na ótica da demanda, o destaque foi a demanda interna, já que o setor externo contribuiu negativamente, uma vez que as importações cresceram mais que as exportações”, afirmou  a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

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