Firjan apoia fusão de pastas e criação de superministério da Economia

Federação das indústrias do Rio foi na contramão da CNI, que criticou o projeto

São Paulo

A Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, responsável pelo Senai, Sesi, IEL e CIRJ) afirmou em nota nesta terça-feira (6) que apoia a criação do Ministério da Economia, proposto pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O superministério integraria as pastas da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Desenvolvimento, e Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A federação vai na contramão da CNI (Confederação Nacional da Indústria) se manifestou contra a extinção do MDIC. O presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, chegou a afirmar que a perda do status de ministério poderia reduzir a capacidade do país em negociações internacionais.

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Bolsonaro e Paulo Guedes em almoço realizado na Firjan em agosto - Sérgio Moraes/Reuters

De acordo com a nota da Firjan, o plano de fusão já era conhecido durante a campanha de Jair Bolsonaro. A federação também afirma que “menos de 10% dos maiores PIBs do mundo possuem Ministério do Planejamento independente do Ministério da Economia”.

Em nota da semana passada, a CNI afirmou que Inglaterra e Estados Unidos criaram órgãos estatais específicos para indústrias.

Outro motivo apresentado federação do Rio de Janeiro a favor da ideia é a promessa de Paulo Guedes, futuro superministro da economia, sobre a sincronização da área. Segundo a Firjan, “a atividade industrial e a representação empresarial enfrentaram dificuldades de interlocução (...) a atividade industrial e a representação empresarial enfrentaram dificuldades de interlocução”.

A nota da federação ainda faz elogios a Paulo Guedes e às suas críticas aos impostos que amarram a atividade industrial.

Além de exaltar as ideias do futuro governo, a associação também comentou a ações do governo Temer também na nota.

“O Brasil experimentou uma de suas mais graves crises econômicas sob o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. O esforço de recuperação nos últimos dois anos foi considerável. Avançou-se”.

Por fim, a Firjan afirma que a indústria será “protagonista de uma Nação mais ética, mais solidária e que finalmente se guiará por um único e coeso projeto de desenvolvimento”.

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