Futuro chefe da GSI diz que reajuste do Judiciário gera preocupação

Senado aprovou na quarta reajuste de salário de ministros do STF de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil

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Brasília

O futuro chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, negou que a aprovação de reajuste dos salários do Poder Judiciário seja uma derrota para o governo de Jair Bolsonaro, mas reconheceu 'preocupação' com o tema.

"Não é derrota, é preocupação. Tenho certeza que ele não considera uma derrota, mas é uma preocupação até pelos gastos que foram anunciados. Mas isso tem que ser muito bem estudado. Não dá pra fazer essa avaliação aqui. Isso ele tem que se avaliar, principalmente doutor Paulo Guedes, tem que verificar qual impacto", afirmou ao chegar na casa do presidente eleito, na manhã desta quinta-feira (8).

O Senado Federal aprovou na quarta-feira (7) o reajuste de salário de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil. 

De acordo com cálculo feito pelas consultorias Orçamento da Câmara e do Senado, o impacto anual nas contas públicas pode ser de R$ 4 bilhões.

Esta é a primeira das chamadas pautas-bomba armada para o governo Bolsonaro. O presidente eleito demonstrou, na quarta, preocupação com o aumento dizendo que "não é o momento de reajustar o salário do Poder Judiciário". 

Heleno havia sido escolhido para comandar o Ministério da Defesa, mas foi confirmado como futuro chefe do GSI na quarta.

Ele disse ainda não saber quem comandará a Defesa, e disse que não é obrigatório que seja escolhido alguém de outras Forças Armadas.

Na véspera, o vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, disse que deve ser indicado um integrante da Marinha para a pasta. 

"A gente procura ter esse equilíbrio. Não é porque haja qualquer tipo de ciumeira e nem nada, mas é porque é necessário uma diversidade de visões e opiniões para as decisões quem têm que ser tomadas no Ministério da Defesa", disse.

Segundo ele, cada uma das três forças tem visões diferentes do ponto de vista estratégico.

Heleno disse ainda que vai seguir o mesmo caminho de seus antecessores do GSI.

"Vou aproveitar o que eles fizeram e continuar no mesmo caminho que eles seguiram. É um órgão importante dentro da presidência da Republica. Não tem que reinventar a roda dentro do GSI", afirmou.

Ele disse ainda que não sabe se Bolsonaro terá condições de viajar ao exterior ao lado do presidente Michel Temer, pelo qual foi convidado na quarta. 

"Ele está em fase de recuperação, então não sei se ele está em condições de enfrentar a viagem", afirmou ao ser questionado sobre se o presidente eleito poderia viajar no fim do mês para a Argentina, para participar de reunião do G20.

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