O Bradesco, segundo maior banco privado do Brasil, divulgou crescimento de 13,7% no lucro do terceiro trimestre, a R$ 5,5 bilhões, na comparação com o mesmo período de 2017. Segundo o banco, o resultado foi sustentado pela redução na reserva feita para cobrir eventuais calotes.

O resultado foi visto como positivo pelo mercado financeiro. Por volta do meio-dia, as ações do banco subiam ao redor de 3%. Em relatório, o BTG Pactual escreveu que o Bradesco divulgou resultados decentes após desempenho misto no segundo trimestre, e que os números deveriam ser bem recebidos pelo mercado.

O Bradesco informou em comunicado que as provisões para perdas com empréstimos foi de R$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre, 23,3% menor que no mesmo período do ano anterior, em meio a uma recuperação gradual da economia brasileira.

No entanto, as perdas aumentaram ligeiramente em 2,2% em comparação com o trimestre anterior, devido a empréstimos corporativos reestruturados, totalizando R$ 920 milhões.

O índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,63%, 0,3 ponto percentual abaixo do índice do trimestre anterior e queda de 1,2 ponto percentual ante o mesmo período do ano passado.

A carteira de crédito expandida do Bradesco alcançou R$ 523,4 bilhões, com alta de 1,5% na comparação trimestral, ajudada por pessoas físicas e pequenas e médias empresas. Em relação ao terceiro trimestre de 2017, o aumento foi de 7,5%.

Apesar da expansão, o banco registrou desempenho inferior a seus pares na linha de cartões de crédito. Enquanto o Itaú e Santander avançaram cerca de 20% na comparação anual, o desempenho no Bradesco foi estável.

Ao detalhar os resultados em teleconferência, o banco destacou mudanças na política de concessões nos cartões private label (como o Casas Bahia) após as mudanças nas regras do rotativo. Desde abril do ano passado, os bancos não podem deixar o cliente por mais de 30 dias no rotativo do cartão.

Considerando os cartões vendidos nas agências, a expansão ocorre tanto na emissão quanto na rentabilidade do produto, disse o banco, que projetou recuperação no segmento após o ajuste.

O Bradesco registrou um índice de capital Nível 1 de 12,2%, um aumento de 0,8% em relação ao trimestre anterior.

Nesta segunda, o Itaú reportou lucro líquido de R$ 6,5 bilhões no terceiro trimestre, alta 3,2% quando comparado com igual trimestre de 2017. 

O Santander Brasil divulgou nesta quarta-feira (31) lucro líquido recorrente (livre de efeitos extraordinários) de R$ 3,1 bilhões no terceiro trimestre, alta de 20% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado.