Mourão elogia futuro presidente da Petrobras e diz que 'núcleo duro' não deve ser privatizado

Vice-presidente disse que distribuição e refino podem ser privatizados, mas propecção deve seguir estatal

Gabriela Sá Pessoa Laís Alegretti
Brasília

O vice-presidente da República eleito, general Hamilton Mourão (PRTB), elogiou nesta segunda-feira (19) a escolha do economista Roberto Castello Branco para a presidência da Petrobras.

"Acho um nome extremamente competente (sic) o Gil Castello Branco, excelente. Vai manter essa gestão de recuperação que a empresa está passando”, afirmou Mourão, confundindo o nome do futuro dirigente da petroleira.

Provavelmente, Mourão confundiu o nome de Roberto com o de Francisco Gil Castello Branco, secretário-geral da Associação Contas Abertas, organização que analisa gastos públicos. 

Roberto Castello Branco é consultor para a área energética da equipe de transição do governo Jair Bolsonaro (PSL) e foi confirmado para presidir a estatal nesta segunda (19) pela assessoria do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.

O economista defende a privatização de estatais e integrou o conselho de administração da empresa em 2015. Deixou o colegiado antes do fim de seu mandato por divergências com a gestão Aldemir Bendine - que em 2017 foi preso pela Operação Lava Jato.

Sobre privatização da Petrobras, Mourão disse que o governo Bolsonaro defende que o “núcleo duro, que é a prospecção” deve permanecer sob controle do estado, mas poderá negociar privatizar áreas de distribuição e refino da empresa.

Roberto Castello Branco
Roberto Castello Branco - Folhapress
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