Consumidores que estão inadimplentes têm a oportunidade de quitar dívidas com abatimentos superiores a 90% em um mutirão online. Até o dia 1º de dezembro, o Serasa Consumidor realiza o Feirão Limpa Nome.
São dez empresas participantes, entre elas Itaú, Santander, Net, Claro e Vivo.
Na edição passada do Feirão, cerca de 1 milhão de pessoas renegociaram dívidas pela plataforma da Serasa. O manobrista Richard Ferreira Alves, 31, foi um deles.
Após perder o emprego de montador industrial, em 2016, e fracassar na tentativa de ter um negócio próprio, ele se enrolou com cartão de crédito e cheque especial. As duas dívidas chegaram a R$ 24 mil.
O maior débito, de R$ 20 mil, caiu para R$ 1.500. O outro Alves conseguiu quitar por R$ 300, redução total de 92%.
O desemprego também foi o motivo que levou a contatora Katia Benites, 45, a ficar inadimplente. Em 2016, ela contraiu dívidas de empréstimo pessoal, cartão de crédito e teve um cheque devolvido.
Após quitar parte dos débitos, faltou pagar o cartão. Pela plataforma do Serasa, a contadora conseguiu renegociar de R$ 1.200 para R$ 245 e fazer o pagamento a vista.
Segundo Lucas Lopes, gerente do Serasa Limpa Nome, dos 61,4 milhões de clientes que estão com o CPF negativado, cerca de 33 milhões têm dívidas com as empresas participantes do mutirão.
Lopes afirma que os descontos oferecidos são altos devido o pagamento do 13º salário. “É um bom momento para as empresas, que têm maior possibilidade de renegociar”.
Todo o procedimento é online. É preciso acessar o site www.feiraolimpanome.com.br .
Ao se cadastrar, o usuário será direcionado a uma página na qual estarão listadas as dívidas que podem ser negociadas com as empresas participantes. Há canais de atendimento disponíveis pelos credores e, em alguns casos, ofertas preestabelecidas .
Segundo o último levantamento feito pela Serasa Experian, em setembro de 2018, o número de consumidores inadimplentes no país subiu 1,51% em relação a setembro do ano anterior: 61,4 milhões contra 60,5 milhões.
O montante das dívidas em setembro foi de R$ 274,1 bilhões, com média de R$ 4.462 por CPF. A faixa etária com mais contas em atraso vai de 41 a 50 anos e representa 19,8% do total de inadimplentes.
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