Ninguém vai pressionar parlamentar, vamos convencê-lo, diz Bolsonaro sobre fala de Guedes

Guedes falou em prensa no Congresso para aprovar atual reforma da Previdência até o fim do ano

Talita Fernandes
Brasília

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, minimizou declaração feita na terça-feira (6) por seu futuro ministro da Economia, Paulo Guedes

Após cerimônia em comemoração aos 30 anos da Constituição, Guedes falou em 'dar uma prensa' no Congresso para a aprovação da reforma da Previdência. 

"Não tem prensa. Ninguém vai ser movido aqui em Brasília, o parlamentar que tem completa independência. Ele usou bem intencionado, ao meu entender, a palavra "prensa". Alguns podem interpretar e, de forma equivocada, levar para o outro lado. Ninguém vai pressionar o parlamentar. Nós vamos é convencê-lo", afirmou Bolsonaro, em resposta à declaração do futuro ministro.

O presidente eleito disse já ter agendado um encontro com parlamentares, na manhã de quinta (8), para discutir medidas econômicas que podem ser votadas ainda este ano no Congresso. Devem estar na pauta da conversa mudanças na Previdência e no Orçamento de 2019.

"Nós vamos ver ai. Vão ser colocados na mesa os projetos... nenhum será emenda constitucional, e vamos decidir o que pode ser aprovado e ninguém mais do que um parlamentar para ter esse sentimento.

Agora, não podemos esquecer que tem metade da Câmara que não foi reeleita e outra metade que foi", disse, sobre a Previdência.

A intervenção federal na segurança pública no Rio de Janeiro, em vigor até 31 de dezembro, impede que a Constituição seja emendada. 

Bolsonaro não soube detalhar quais partes da proposta de modificar a aposentadoria podem ser votadas. Mas voltou a repetir que isso depende do que pode ser aprovado no Congresso.

Sobre o orçamento, ele admitiu estar tratando do tema com seu futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e principal articulador político.

"Estou tratando com o Onyx Lorenzoni a questão de possíveis ajustes. O Eunício ontem falou que está aberto se eu quiser apresentar alguma coisa está em aberto o Orçamento para nós ainda. Nós sabemos que a margem é muito curta para negociação porque quase tudo ali é despesa obrigatória", afirmou.

Bolsonaro não quis mencionar quais parlamentares foram convidados para o encontro, que deve ser em seu apartamento funcional, em Brasília.

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