A nova política brasileira para impulsionar o uso de biocombustíveis, RenovaBio, melhorou o panorama para a produção de etanol e deve atrair novos investimentos em fábricas, disse o presidente-executivo da BP para biocombustíveis, Mario Lindenhayn, nesta quarta-feira (28).
O governo continua progredindo com as legislações complementares para o RenovaBio, que deve entrar em vigor em 2020, disse Lindenhayn, acrescentando que ele não vê sinais de que o futuro governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, imporia obstáculos.
"Essa é uma sinalização importante que o país está proporcionando, criando, um ambiente regulatório estável que permitirá que as empresas invistam", disse.
O RenovaBio determinará que as distribuidoras de combustíveis aumentem paulatinamente o volume vendido de biocombustível ano após ano.
O programa tem como meta dobrar o uso de etanol até 2030, ante 26 bilhões de litros por ano atualmente. Também visa aumentar a comercialização de outros biocombustíveis, como o biodiesel.
A britânica BP mantém três unidades de etanol e açúcar no Brasil, processando cerca de 10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano. No ano passado, criou uma joint venture com a Copersucar, líder global de vendas de etanol, para operar um dos maiores terminais de combustíveis do país, em Paulínia, no interior de São Paulo.
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