Carlos Ghosn continuará na prisão depois que um tribunal de Tóquio aceitou nesta sexta-feira (30) estender até 10 de dezembro a detenção do ex-presidente da Nissan, suspeito de malversação e sonegação de renda.
A Procuradoria obteve um prazo adicional de dez dias para investigá-lo, segundo a imprensa local, um procedimento habitual no sistema judicial japonês.
Em 10 de dezembro, Ghosn –destituído de seu cargo de presidente dos conselhos de administração da Nissan e Mitsubishi Motors, mas continua sendo presidente executivo da Renault– será libertado sem acusações ou será acusado.
Nesse último caso, Ghosn, de 64 anos, pode ser colocado em liberdade até o julgamento ou mantido em detenção.
Por enquanto, o ainda dirigente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi Motors é suspeito de ter ocultado 1 bilhão de ienes (R$ 34 milhões) anuais entre abril de 2010 e março de 2015, em documentos públicos remetidos pela empresa às autoridades financeiras japonesas.
No entanto, segundo uma fonte próxima do caso, a investigação demonstra que as omissões podem ter começado em 2009 e continuaram até o ano passado.
As investigações podem ser ampliadas a outros anos, ou a outros motivos, já que a Nissan acusa seu ex-diretor de abuso de bens sociais, como a utilização de residências de luxo da companhia.
Ghosn, que tem nacionalidade francesa, libanesa e brasileira, nega qualquer malversação.
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