Um tribunal de Tóquio decidiu manter a prisão do presidente do conselho de administração da Nissan, Carlos Ghosn, e do diretor-representante Greg Kelly por 10 dias, disse a agência de notícias Kyodo News nesta quarta-feira (21).
Ghosn foi preso na segunda-feira depois que uma investigação interna da Nissan descobriu que ele havia supostamente cometido fraudes durante anos, incluindo o uso pessoal de dinheiro da empresa e a não declaração de ganhos.
Ghosn deve ser afastado da presidência do conselho da Nissan nesta quinta-feira. Acionistas da Renault, entre eles o Estado francês, discutem sua substituição por uma direção interina na presidência executiva da empresa.
As transações seriam feitas a partir de uma companhia estabelecida na Holanda, criada em 2010, que teria como objetivo oficial o financiamento de startups.
A descoberta teria ocorrido a partir de mecanismo de delações feitas em troca de redução de pena estabelecido no Japão em junho, afirma o jornal.
A Nissan disse que Ghosn ocultou sua renda do fisco durante anos, além de ter cometido outros ilícitos, como uso de bens da companhia para fins pessoais. A empresa afirma estar colaborando com as investigações.
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