André Esteves, fundador do Banco BTG Pactual, retornará ao grupo controlador do banco após a absolvição de acusações de corrupção, de acordo com comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) divulgado nesta sexta-feira (8).
Esteves foi preso em novembro de 2015, na Operação Lava Jato, depois que promotores o acusaram de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
Ele foi forçado a deixar seu cargo de presidente-executivo e trocar suas ações com direito a voto por ações preferenciais após sua prisão. Um juiz federal o absolveu em julho.
O BTG também disse que Marcelo Kalim, um dos maiores sócios do banco depois de Esteves, deixará o grupo de controle e sua posição como presidente.
Kalim e antigos parceiros do BTG fundaram a startup digital C6Bank.
O ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, que já é sócio e diretor do BTG, assumirá a posição de Kalim.
O grupo controlador do BTG, formalmente conhecido como G7 Holding para se referir ao número anterior de sócios, passa a ser formado por cinco sócios: o presidente-executivo, Roberto Sallouti, Renato Santos, Antônio Porto, Guilherme Paes e André Esteves.
O BTG afirmou no comunicado que nenhum sócio terá participação maior que 30% até dezembro de 2022, sem fornecer mais informações. O banco não se pronunciou sobre o assunto.
Após a investigação da corrupção, o BTG foi forçado a cortar empregos e perder ativos. Esteves retornou ao banco em abril de 2016, mas apenas como consultor sênior.
O diretor financeiro, João Dantas, disse em agosto que o retorno de Esteves seria gradual e que o BTG queria evitar erros cometidos no passado.
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