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Bela Gil lança caixa-berço de papelão para bebês até os 3 meses

Ideia é finlandesa e inspira políticas de combate à mortalidade infantil em vários países

São Paulo

Uma caixa de papelão. Cor lisa, sem muitos detalhes. Mais barata que um berço tradicional, pintada com tintas sem solventes e com colchão firme, feito com PET reciclado. 

Em vez de gastar os tubos com bercinho cheio de enfeites e bibelôs, a Bela Baby Box promete mais segurança ao bebê pequeno, a um preço inferior aos equivalentes com a mesma função. Quando o bebê for grande demais, a caixa pode ser usada para guardar brinquedos. 

Bela Baby Box, caixa de papelão para servir de berço lançada por Bela Gil em parceria com a Morada da Floresta
Bela Baby Box, caixa de papelão para servir de berço lançada por Bela Gil em parceria com a Morada da Floresta - Divulgação

Com lançamento previsto para esta semana, o produto é fruto de uma parceria entre Bela Gil e a Morada da Floresta, empresa que foi finalista no Prêmio Empreendedor Social de 2016 e integra a Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.

A ideia de trazer esse tipo de produto para o Brasil foi de Bela, que usou caixa semelhante para os primeiros meses do filho mais novo, Nino, que nasceu em Nova York. 

Lá as caixas são comuns e há um projeto de lei em análise para que a prefeitura distribua estes berços de papelão em bairros com alta taxa de mortalidade infantil. Em janeiro de 2017, New Jersey passou a adotar como programa municipal. 

"Um dos motivos de morte súbita de bebês é o colchão macio demais, com travesseiros, berços cercados por protetores, ou com ursinhos de pelúcia, edredons, excesso de agasalhos ou ainda por dormir de barriga para baixo.  Na caixa há apenas um colchão firme, com a densidade adequada", conta Ana Paula Silva, da Morada da Floresta.

"Pode ser colocada ao lado da cama dos pais, para facilitar a amamentação. Como o bebê passa muito tempo deitado, é bom que esteja em contato com um colchão sem compostos químicos. A caixa é pintada com tintas livres de metais pesados", diz Ana Paula. Com revestimento externo que protege contra umidade, custa R$ 265,00, já com o colchão especial e capa impermeável.

O colchão é atóxico e lavável, em densidade D18, indicada para os recém-nascidos. 

Bela Baby Box, caixa de papelão para servir de berço lançada por Bela Gil em parceria com a Morada da Floresta
Bela Baby Box, caixa de papelão para servir de berço lançada por Bela Gil em parceria com a Morada da Floresta - Divulgação

A caixa também tem um enxoval inicial de itens úteis para o começo da vida, priorizando fornecedores locais e produtos ecológicos para os cuidados da mãe e do bebê. Há três tipos de kit de enxoval, com 48, 36 ou 23 produtos ecológicos para bebês e mulheres pós parto. 

Bela e Ana Paula já têm parceria para a coleção de fraldas e absorventes de pano.

ORIGEM

A Finlândia instituiu o pacote de maternidade em 1938 e continha roupas, lençóis e toalhas. Era destinado apenas a mães de baixa renda. Em 1942, o governo passou a incentivar o uso da caixa como berço. Sete anos depois, o programa passou a distribuir as caixas a todas as famílias que ganhassem bebê. O programa existe até hoje e distribui cerca de 40 mil pacotes por ano. 

Atualmente, as mães recebem o pacote desde que visitem um médico ou uma clínica pré-natal municipal antes do quarto mês de gestação. A caixa contém 50 itens diferentes, incluindo roupas, cobertores e itens de higiene e utensílios. Não tem mamadeira, removida da lista por causa de um programa de incentivo à amamentação.

A caixa finlandesa ganhou publicidade depois que o governo da Finlândia deu uma de presente para o príncipe William, da Inglaterra, quando o casal esperava o primeiro filho, em 2013. A partir disso, o conceito de baby box se espalhou e hoje há produtos do gênero em países como Austrália, Canadá, Índia, México, África do Sul e Reino Unido. 

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