A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu nesta semana três novos inquéritos administrativos envolvendo a holding J&F, controladora da gigante do setor de carnes JBS, com base nas informações obtidas em acordos de colaboração premiada com o Ministério Público, informou o órgão regulador do mercado nesta sexta-feira (28).
Os três novos inquéritos vão aprofundar as apurações de processo administrativos abertos anteriormente, disse a CVM. O órgão afirmou que devem ser apuradas eventuais irregularidades de executivos e controladores da JBS, da Eldorado Brasil Celulose e também de administradores da rival BRF, neste caso, em processo aberto para "analisar notícia sobre eventual influência no conselho de administração da BRF".
A J&F defende que, por conta dos acordos de delação premiada e de leniência, estaria isenta de "medidas persecutórias" por parte da administração pública.
"Esse pacto sujeita o Estado como um todo, e, portanto, todos os seus órgãos, inclusive as autarquias, a exemplo da CVM", disse a holding em comunicado divulgado à imprensa nesta sexta-feira.
A CVM também informou a existência de três processos administrativos sancionadores, onde já há acusação formulada, envolvendo a JBS. Em um dos processos, os irmãos Joesley e Wesley Batista são acusados de manipulação dos preços das ações da JBS com base em informação privilegiada.
Os processos sancionadores estão com o diretor-relator Henrique Machado para apreciação das defesas, antes de serem julgados.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.