Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Guedes convida economistas para integrar conselho consultivo de reforma da Previdência

Fábio Giambiagi e Paulo Tafner estão entre os integrantes do conselho

Mariana Carneiro
Brasília

Um time de economistas independentes vai ajudar Paulo Guedes na elaboração da reforma da Previdência.

Especialistas no assunto, e também estudiosos em temas do mercado de trabalho, foram escalados para compor um conselho consultivo que terá como atribuição avaliar pontos polêmicos ou que provoquem desacordo entre os técnicos do futuro Ministério da Economia sobre a reforma da Previdência.

Decanos no assunto, os economistas Fábio Giambiagi e Paulo Tafner estão entre os integrantes do conselho. Tafner elaborou uma proposta de reforma em parceria com Arminio Fraga e este é um dos textos que estão sendo analisados pela equipe de Paulo Guedes.

Outros nomes são a economista Solange Vieira, funcionária do BNDES e ex-secretária de Previdência Complementar (no governo FHC), Aloísio Araújo, da FGV, e José Márcio Camargo, da PUC-Rio.

A futura equipe econômica pretende construir uma reforma que reúna ideias elaboradas por Tafner e também pelos irmãos Arthur e Abraham Weintraub, que trabalham no tema para Jair Bolsonaro desde antes da eleição. É na avaliação desta costura que o grupo de especialistas deverá atuar.

O grupo não será executivo e funcionará apenas para aconselhar Guedes e seu time.

O deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) comandará a secretaria especial da Previdência no futuro Ministério da Economia. 

Ele foi escolhido por Guedes ser considerado uma pessoa com trânsito no Congresso Nacional, o que facilitaria a aprovação das propostas pelos parlamentares.

Marinho é bem avaliado por ter sido o relator da reforma trabalhista, aprovada no governo Michel Temer.

Mas a reforma da Previdência demandará um esforço ainda maior.

Como deverá fixar uma idade mínima de aposentadoria e alterar outras regras de acesso a benefícios, a reforma da Previdência precisará de emendas à Constituição. Para tanto, é necessária a aprovação de pelo menos três quintos do Congresso em votações em dois turnos na Câmara e no Senado.

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