Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Guedes indica funcionário de carreira para Procuradoria da Fazenda

Nome foi escolhido após pressão da categoria, que criticou cotado que viria de fora do órgão

Mariana Carneiro Bernardo Caram
Brasília

Em uma aparente tentativa de fugir da polêmica com servidores, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, optou por José Levi Mello do Amaral,  funcionário de carreira do órgão, para o comando da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

O mais cotado para a função era Marcelo de Siqueira, diretor jurídico do BNDES e procurador federal, vinculado à AGU (Advocacia-Geral da União).

Membros da PGFN pressionaram o futuro ministro contra a indicação, advogando por um servidor de carreira do órgão.

O grupo, capitaneado pelo Sinprofaz (Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional), argumentava que Siqueira não tinha familiaridade com a PGFN, que tem atuação em áreas específicas.

O órgão é o braço jurídico do Ministério da Fazenda, responsável por atuar na cobrança da dívida ativa da União, representar o governo na Justiça em matérias fiscais e fazer consultoria jurídica para o Ministério da Fazenda.

A resistência atrasou a indicação do escolhido para o cargo e, somente na noite desta quarta (19), Guedes informou a escolha por José Levi Mello do Amaral, que é servidor da PGFN desde 2000.

Siqueira, por sua vez, foi anunciado como assessor especial de Guedes. Ele será responsável pelo assessoramento do ministro na formulação de políticas públicas e na coordenação das atividades da nova estrutura ministerial.

No momento, um dos temas sob avaliação da Procuradoria é a fusão da Embraer com a Boeing e os efeitos da golden share (ação especial) em posse do governo. Só após essa análise, o negócio pode ser concluído.

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