O pedido de recuperação judicial protocolado pela Avianca Brasil na segunda-feira (10) foi aceito pelo Juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi, nessa quinta-feira (13).
A empresa passa por dificuldade gerada por disputa judicial com empresas arrendadoras de aeronaves que pediram a retomada de 14 aviões em uma negociação que envolve dívidas em torno de R$ 500 milhões, segundo executivos da empresa.
De acordo com a Avianca Brasil, após o deferimento do pedido de recuperação judicial, "suas operações e passageiros seguem preservados".
No pedido de recuperação judicial, a companhia aérea afirmava que se acontecesse a reintegração de posse dos 14 aviões, que está sendo pleiteada em três ações judiciais, "isto representará uma redução aproximada de 30% da frota, o que inviabilizará o atendimento aproximado de 77 mil passageiros entre 10 e 31 de dezembro de 2018, que adquiriram as passagens aéreas". O impacto seria pesado porque acontece no momento da alta temporada.
A quarta maior companhia aérea do país perdeu a posse de pelo menos três aeronaves dias antes de entrar com o pedido de recuperação judicial, embora tenha dito abertamente que mantinha o controle de toda a frota.
Conforme antecipado pela Folha, a subsidiária irlandesa da BOC Aviation venceu, em primeira instância, processo contra a aérea para reaver dois Airbus A320-351N. A Avianca recorreu da sentença.
Outra arrendadora, a Constitution Aircraft, apresentou uma moção na quarta-feira pedindo ao juiz encarregado do processo de recuperação judicial da Avianca Brasil que revertesse a decisão anteriormente tomada de suspender os esforços para retomada de posse de aeronaves,
No documento, a Constitution informa já ter recuperado um dos 11 aviões arrendados para a Avianca Brasil.
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