Leilão de distribuidora da Eletrobras no Alagoas é adiado para dia 28, diz estatal

Companhia alagoana é considerada uma das mais atrativas entre as colocadas à venda pela estatal

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São Paulo | Reuters

O leilão de privatização da Ceal, distribuidora de energia da Eletrobras no Alagoas, foi adiado do dia 19 para 28 de dezembro para atender investidores interessados no ativo, disse nesta segunda-feira (17) o presidente-executivo da elétrica estatal, Wilson Ferreira Jr.

Mais cedo, a Eletrobras havia informado o adiamento, sem dar detalhes dos motivos.

Segundo o executivo, houve solicitação de informações de interessados na compra da Ceal ao longo da última semana. Ele destacou que a prorrogação do leilão dará mais tempo de análise aos investidores.

Ferreira Jr. não detalhou quem são os interessados na Ceal.

Com o adiamento, a entrega de documentos pelos interessados na licitação, que aconteceria nesta segunda-feira, foi agendada para 27 de dezembro, entre 9h e 12h.

A mudança de data se deu também após a venda do ativo ter enfrentado barreiras na Justiça e chegar a ser suspensa por liminar, o que levou a um fechamento temporário da sala de informações sobre a companhia, reaberta após a cassação da decisão no fim da semana passada.

No fim de novembro, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), revogou uma liminar que impedia a venda da distribuidora da Eletrobras no Alagoas. A decisão havia sido dada por ele mesmo, em junho deste ano. 

Na liminar do fim de junho para suspender o leilão de privatização da Ceal, o governo alagoano questiona a União sobre os processos de venda fracassados da distribuidora nos anos 1990 e 2000 –quando o valor da Ceal era consideravelmente mais elevado. 

A União apresentou seus argumentos explicando os diversos motivos que levaram ao insucesso da venda da companhia nos últimos anos. 

"À primeira vista, convenci-me da verossimilhança das alegações do Estado de Alagoas e da indispensabilidade da concessão da liminar para impedir que a CEAL fosse privatizada e com isso se consumasse o prejuízo do Estado. Todavia, após ter a cesso às contestações dos réus, verifico ter razão a Procuradoria-Geral da República quanto aos riscos de 'aprofundamento dos prejuízos experimentados na operação de desestatização examinada'", diz Lewandowski em sua decisão que revogou a liminar. 

A estatal já conseguiu vender suas demais companhias da área de distribuição ao longo deste ano. A companhia alagoana é considerada uma das mais atrativas entre aquelas colocadas à venda pela estatal. 

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