Primeiro leilão do pré-sal sob Bolsonaro pode arrecadar até R$ 7,85 bilhões

Esse é o valor total do bônus de assinatura de cinco áreas autorizadas pelo Conselho Nacional de Política Energética

Nicola Pamplona
Rio de Janeiro

O primeiro leilão de áreas exploratórias do pré-sal do governo Jair Bolsonaro poderá arrecadar até R$ 7,85 bilhões. Esse é o valor total do bônus de assinatura das cinco áreas autorizadas na segunda (17) pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética).

Na reunião, o CNPE autorizou a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) a realizar também um leilão de áreas fora do pré-sal, com a oferta de 42 blocos exploratórios. Ainda não foram definidas, porém, as datas das concorrências.

Na sexta rodada de licitações do pré-sal, o bloco mais caro é chamada de Aram, na Bacia de Santos, com bônus de assinatura de R$ 5,05 bilhões. O bloco chegou a ser arrematado pela italiana Eni em leilão realizado em 2006, um ano antes de o governo anunciar oficialmente a descoberta do pré-sal.  

Na época, a italiana se comprometeu a pagar R$ 307,3 milhões (o equivalente hoje a R$ 603,2 milhões) para ficar com a concessão - foi o maior valor pago por um bloco até então. A rodada de licitações, porém, foi suspensa por decisão da Justiça e nenhum dos contratos foi assinado.

O bloco fica em frente ao litoral paulista, próximo à área de Carcará, descoberta pela Petrobras e hoje operada pela norueguesa Statoil.

O segundo bloco mais caro da licitação será Cruzeiro do Sul, com bônus de R$ 1,15 bilhão. A ANP licitará também as áreas de Norte de Brava (R$ 600 milhões), Bumerangue (R$ 550 milhões) e Sudoeste de Sagitário (R$ 500 milhões).

Nos leilões do pré-sal, o bônus de assinatura é fixo e vence a disputa o consórcio que se comprometer a entregar à União o maior volume de petróleo em caso de descobertas. 

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