A taxa de custódia dos títulos do Tesouro Direto cairá de 0,3% para 0,25% ao ano a partir de janeiro de 2019, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira (27).
A redução do custo ao investidor foi negociada com a bolsa de valores B3, responsável por operar as transações do programa. A taxa de custódia é cobrada pela B3 para armazenar os títulos.
Como o saldo total investido no programa está em R$ 53 bilhões, o Tesouro estima que a redução de 0,05% na taxa provocará um aumento total de R$ 26 milhões no ganho anual dos investidores do programa.
De acordo com o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, a redução pode incentivar pequenos investidores.
Em novembro, já houve recorde de participação das aplicações em valores inferiores a R$ 1.000 no Tesouro Direto. Esses investidores representaram 64% do total.
Ladeira ressaltou que, além da taxa de custódia, instituições financeiras também vêm reduzindo as taxas de administração para o Tesouro Direto.
Corretoras já trabalham com taxa de 0% para administrar os títulos. Agora, bancos de grande porte baixaram o percentual de 0,5% para 0%.
Nesses casos, a soma das taxas, que antes chegava a 0,8% ao ano, passará para 0,25% a partir de janeiro.
“O tesouro direto, que já era competitivo, comparando com aplicações para os pequenos investidores, ficou ainda mais competitivo”, disse o secretário.
Segundo ele, a taxa de custódia cobrada pela B3 banca os custos de manutenção do sistema e um programa de educação financeira.
“Poderia sim reduzir mais. Mas ao reduzir, a gente perderia esse braço importante do programa, que é a agenda de educação financeira”, afirmou.
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