B3 se beneficiará do crescimento econômico e desenvolvimento dos mercados de capitais, diz Moody's

Agência de classificação de risco desenha cenário otimista para a Bolsa

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São Paulo

A expectativa de crescimento da economia e a manutenção da taxa de juros nos atuais patamares deve elevar os resultados da B3, a Bolsa brasileira, diz a agência de classificação de risco Moody’s.

A B3 centraliza as operações com ações no país e controla também o registro de investimentos em renda fixa, desde a compra da Cetip, em 2017.

“A B3 se beneficiará de volumes maiores de negociação de ações e derivativos relacionados, à medida que as empresas emitirem mais ações em 2019 e os fluxos para gestoras de fundos com foco em ações e multimercados continuarem a aumentar”, diz Farooq Khan, vice-presidente assistente da Moody’s, em relatório. 

Telão mostra preço das ações na B3, no centro de São Paulo
Telão mostra preço das ações na B3, no centro de São Paulo - Rahel Patrasso/Xinhua

O mercado financeiro projeta até 30 novas empresas listadas na Bolsa em 2019. A abertura de capital em Bolsa (IPO, na sigla em inglês) depende, porém, do apetite de investidores estrangeiros, que iniciaram 2019 sacando recursos aplicados no mercado acionário. Em 2018, foram retirados R$ 11,5 bilhões.

O volume médio diário de negociação em Bolsa foi de R$ 12,2 bilhões em 2018. O ano de 2019 começa com média diária de R$ 17 bilhões e recordes de fechamento.

Analistas do mercado financeiro projetam que o Ibovespa, principal índice acionário do país negociado na B3, fechará o ano perto dos 120 mil pontos.

Além disso, o mercado de dívida corporativa também deve crescer em 2019, o que impulsiona outro segmento da B3.

“Com a permanência das taxas em patamares baixos por mais tempo e a retomada da atividade corporativa junto com uma recuperação da economia, esperamos que a demanda  –e a oferta– de dívida corporativa continuem altas. A B3 registra, negocia e liquida bônus corporativos, ganhando receita”, diz ainda Khan.

As ações da B3 eram negociadas a R$ 27,90 nesta quarta, em alta de 0,07%. Em um ano, o papel se valorizou 18,4%.

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