China vê progresso em transferência de tecnologia e propriedade intelectual em conversas com EUA

Ministério do Comércio chinês disse que mais negociações estão sendo organizadas

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Pequim e Xangai | Reuters

China e os Estados Unidos avançaram em “questões estruturais” como a transferência forçada de tecnologia e os direitos de propriedade intelectual durante conversas nesta semana, e mais negociações estão sendo organizadas, informou o Ministério do Comércio chinês nesta quinta-feira (10).

Os três dias de conversas em Pequim, encerrados na quarta-feira, foram as primeiras negociações frente a frente desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, se encontraram em Buenos Aires e estabeleceram uma trégua de 90 dias na guerra comercial que tem interrompido o fluxo de centenas de bilhões de dólares em bens.

Inicialmente as negociações estavam planejadas para durar apenas dois dias, mas foram prorrogadas porque ambos os lados estavam “sérios” e “honestos”, disse o porta-voz do Ministério de Comércio da China, Gao Feng, em coletiva de imprensa.

Questionado sobre o posicionamento da China sobre questões como a transferência forçada de tecnologia, os direitos de propriedade intelectual, barreiras alfandegárias e ataques cibernéticos, e se Pequim estava confiante de que poderia chegar a um acordo com os EUA, Gao disse que essas questões “são uma parte importante dessas negociações comerciais”.

“Houve progresso nessas áreas”, disse, sem fornecer mais detalhes.

Os Estados Unidos apresentaram à China uma longa lista de demandas, que alterariam completamente o relacionamento comercial entre as duas maiores economias do mundo.

As exigências incluem mudanças nas políticas chinesas sobre a proteção de propriedade intelectual, transferências de tecnologia, subsídios industriais e outras barreiras não alfandegárias ao comércio.

A China tem repetidamente minimizado denúncias de violações de propriedade intelectual e negado acusações de que companhias estrangeiras são forçadas a transferir tecnologias.

Após quase metade dos 90 dias de trégua, houve poucos detalhes concretos sobre qualquer progresso atingido.

Em jogo está o previsto aumento de tarifas dos Estados Unidos contra 200 bilhões de dólares em importações chinesas.

Trump tem dito que irá aumentar essas tarifas para 25%, contra os 10% atuais, se nenhum acordo for alcançado até o dia 2 de março, e tem ameaçado taxar todas as importações da China se Pequim não ceder às demandas norte-americanas.

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