A italiana Enel abriu um plano de demissão voluntária em sua subsidiária de distribuição de energia no Estado de São Paulo, a antiga Eletropaulo, adquirida pela companhia no primeiro semestre do ano passado.
O chamado Programa de Saída Voluntária (PSV) receberá adesões até 17 de janeiro e poderão aderir colaboradores com mais de oito anos de empresa ou com idade superior ou igual a 55 anos, segundo duas pessoas próximas à empresa e um documento interno da Enel ao qual a agência Reuters teve acesso.
Segundo a Reuters apurou, cerca de 3 mil empregados são elegíveis ao plano na elétrica e, até o momento, houve cerca de 180 adesões.
Em documento interno, a Enel disse aos colaboradores que a análise e aprovação das adesões ao programa "ficará a critério discricionário" da companhia, que poderá definir "seus critérios de escolha/validação" dos profissionais.
"As adesões serão limitadas ao orçamento disponível para o programa", acrescentou a companhia no documento, sem comentar valores.
Em nota, a Enel confirmou ter lançado o programa de demissão voluntária em dezembro e que "aqueles que são elegíveis para este programa receberão benefícios adicionais além dos previstos por lei".
A companhia oferece aos que aderirem ao plano direitos legais, como férias vencidas e folgas adquiridas, além de 40% dos depósitos do FGTS e indenização de 50% do salário base acrescido de adicional de periculosidade por ano de trabalho. O valor máximo será de 10 salários base a serem pagos juntamente com as verbas rescisórias.
Os pagamentos serão feitos em até 10 dais corridos após a rescisão e os empregados aceitos no programa ainda terão direito a seis meses de plano médico e odontológico e vale-refeição e alimentação.
A Enel fechou a compra do controle da Eletropaulo em junho do ano passado por R$ 5,55 bilhões, tendo posteriormente ainda ampliado a participação na companhia com novas compras de ações. A companhia alterou o nome da distribuidora para Enel Distribuição São Paulo em dezembro passado.
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