Após o tombo da segunda-feira, reflexo da queda das ações da Vale, o Ibovespa retomou a consistente trajetória de alta que se desenhou após a posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e caminha para renovar patamares históricos.
Na máxima do dia, o Ibovespa foi negociado a 98.203 pontos, maior patamar histórico do índice. A máxima anterior era de 97.677 pontos. Por volta das 13h20h, o índice era cotado a 98.072 pontos (+1,10%).
A Bolsa é ajudada pelo desempenho do Bradesco, que divulgou resultados hoje, e pelo cenário externo.
O Bradesco divulgou crescimento de 13,4% em seu lucro líquido recorrente em 2018, para R$ 21,564 bilhões. As ações preferenciais sobem mais de 5%.
Já as ações da Vale, que começaram em alta, inverteram o sinal e recuam mais de 1%.
Para além do noticiário corporativo, o mercado financeiro é impulsionado pela decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) de interromper o ciclo de alta de juros do país.
A indicação é positiva para mercados acionários porque mantém o interesse de investidores estrangeiros em países emergentes, como é o caso do Brasil. Quando os juros americanos sobem, investidores tendem a migrar recursos aplicados em mercados mais arriscados para os títulos da dívida dos EUA, considerados mais seguros.
Além disso, a interrupção do ciclo de alta de juros funciona como um indicativo de que o Fed está atento ao risco de desaceleração da economia americana. A continuidade dos aumentos era vista por analistas como um fator que poderia intensificar o esfriamento da economia.
O dólar também reagiu ao noticiário americano e recua quase 2% nesta quinta. Por volta do meio-dia, a moeda era negociada a R$ 3,6410 (-2,25%).
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