Descrição de chapéu Previdência Governo Bolsonaro

Porta-voz do governo vê Congresso como corresponsável por Previdência

Otávio do Rêgo Barros diz que, após envio de proposta, deputados e senadores devem definir qual Previdência o Brasil precisa

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São Paulo

O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou nesta quarta-feira (30) que, após a elaboração de uma proposta pelo Executivo, caberá ao Congresso a definição de qual o modelo de Previdência que o Brasil precisa para retomada da economia.

"A partir do momento que for entregue ao Congresso vai ser da lavra dos congressistas —dos deputados e dos senadores— a responsabilidade por definir qual é a Previdência que o país precisa para poder alavancar-se no futuro e, de fato, ter a sua decolagem tão esperada por todos nós", disse.

A declaração foi feita em entrevista em São Paulo, no hospital Albert Einstein, e indica que o governo buscará compartilhar com o Congresso a responsabilidade sobre a reforma que será implementada.

A alteração nas regras de aposentadoria é considerada impopular por rever benefícios de trabalhadores e enfrenta a resistência de alguns setores, como militares, que defendem abertamente um tratamento diferenciado. 

Rêgo Barros disse que o presidente Jair Bolsonaro, que se recupera de uma cirurgia para reconstrução do trânsito intestinal, vai conversar sobre a proposta de reforma com os ministros quando estiver recuperado.

"Naturalmente, o presidente, à medida que se torne mais forte e que possa deliberar em melhores condições, vai estabelecer o contato com os ministros que são responsáveis pela conformação da questão da Previdência social e vai definir quais são as suas diretivas", disse.

O governo pretende apresentar na semana que vem uma proposta de reforma do modelo de aposentadoria. A medida é considerada crucial para a gestão atual colocar em dia as contas públicas do país.

Ministros como Paulo Guedes (Economia) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil) são os principais envolvidos no desenho da proposta. Onyx levará na sexta-feira (1º) uma mensagem presidencial que será lida na abertura das atividades do Legislativo.

A expectativa é que a reforma da Previdência esteja entre os pontos a serem listados por Bolsonaro no texto. 

Operado na segunda (28), Bolsonaro teve alta da UTI (unidade de terapia intensiva) na manhã desta quarta, mas permanecerá internado até a próxima semana.

Ele reassumiu a Presidência na manhã de quarta, mas ainda não está recebendo visitas, à exceção de familiares. 

A recomendação médica é de que ele permaneça em repouso e evite falar, para impedir o acúmulo de gases no abdômen, o que pode atrapalhar o processo de cicatrização.

Segundo o porta-voz, os despachos com ministros devem ser feitos por meio de áudio ou videoconferência. 

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) montou uma sala ao lado do quarto do presidente para que ele possa estar em contato com Brasília.

Ministros planejavam visitar Bolsonaro ainda esta semana, mas, após avaliação médica, ficou decidido que o contato seria feito remotamente.

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