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Quem pagará a conta da operação da CNN na TV fechada?

Novo canal terá uma conta a pagar só à base de publicidade

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São Paulo

Em queda desde março de 2015, o setor de TV paga fechou 2018 com 522 mil assinantes a menos do que no início do ano. Hoje, são 17,7 milhões de clientes.

Em um contexto de perdas, as programadoras (inclusive a Turner, dona da CNN) conhecem bem as dificuldades atuais para emplacar um novo canal nos pacotes dos assinantes.

Se não podem repassar novos custos aos clientes, as operadoras tampouco mostram disposição em reduzir os lucros já em baixa. Nos últimos dois anos, só canais que se dispõem a receber poucos centavos ou zero por suas operações conseguem espaço.

 

Mas nem nos áureos tempos da indústria, que cresceu de modo acelerado entre 2010 e 2014, houve qualquer canal de notícia brasileiro criado do zero, sem dividir a conta dos altos investimentos com emissoras abertas, como GloboNews, BandNews e RecordNews.

A GloboNews tem maior volume de produção independente. Ainda assim, usa material produzido pela TV Globo, de sinal aberto e fôlego infinitamente maior na venda de patrocínios e anúncios.

Jornalismo não faz parte da trinca que mais atrai assinantes —esportes, filmes e infantis. Sem perspectivas de receber grandes cifras das operadoras e com custo a arcar sozinha, a CNN Brasil terá uma conta a pagar só à base de publicidade, que não se mostra muito presente em canais de jornalismo.

Uma senhora com vestido preto e branco, sentada num sofá, aponta o controle para a televisão
Dona Roseli, uma senhora de 67 anos que adora assistir TV - Ernesto Rodrigues/Folhapress
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