Armínio diz que reforma é boa, mas que o ideal seria alcançar economia maior

'Uma proposta acima de R$1 trilhão é impactante', afirma

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Rio de Janeiro | Reuters

O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga afirmou que a reforma da Previdência deveria gerar uma economia maior que os R$ 1 trilhão previsto pelo texto do governo de Jair Bolsonaro. A proposta foi apresentada nesta quarta-feira (20), na Câmara dos Deputados. Por outro lado, o economista também disse que o valor previsto será maior do que esperado pelo mercado.

Armínio disse que ainda não teve tempo de se debruçar sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada pelo governo, mas destacou que as expectativas do mercado apontavam para uma economia com a reforma da ordem de mais de R$ 800 bilhões.

“Uma proposta acima de R$1 trilhão é impactante”, disse ele a jornalistas em evento da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro. “Se sair esse número, já vai ser algo acima de 1,5% do PIB ao ano”, frisou.

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O economista e ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga - CJPress/Folhapress

Para Armínio, diante do quadro fiscal deteriorado do país, havia a necessidade de uma economia maior com a reforma da Previdência.

“Eu defendo mais do que foi proposto”, disse. Uma proposta de reforma, que teve o apoio de Armínio, apontava para uma economia de R$ 1,3 trilhão em 10 anos.

O ex-presidente do BC diz que a economia de gastos projetada na proposta do governo Bolsonaro deveria ser o piso a ser buscado pela equipe econômica.

"Qualquer coisa que caia abaixo do que foi apresentado já me deixaria bem preocupado. Seria necessário mais do que foi proposto, eu acho que o ideal seria subir“, disse, referindo-se às negociações durante a tramitação da PEC no Congresso.

A proposta reiterou as idades mínimas já divulgadas na semana passada, de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens. Para os trabalhadores da iniciativa privada, o tempo mínimo de contribuição será de 20 anos. Para os servidores, 25 anos.

Armínio classificou que a aprovação da reforma da previdência é crucial para o futuro do país e que essa questão não é nova e precisar ser encarada.

“Nós temos experiência em perder oportunidades“, disse.

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