Bolsa fecha em leve baixa pressionada por Petrobras e bancos; dólar fecha estável

Investidores seguem atentos a andamento da reforma da Previdência

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São Paulo | Reuters

A Bolsa brasileira fechou em queda nesta segunda-feira (25), pressionada pelo declínio dos papéis da Petrobras e de bancos, em sessão descolada de Wall Street, onde prevaleceu a expectativa por desfecho positivo nas negociações EUA-China.

Referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,66%, a 97.239 pontos. O giro financeiro somou R$ 12,57 bilhões.

A reforma da Previdência seguiu no radar, com a pauta da contemplando eleição do presidente da Comissão de Constituição e Justiça —onde o texto precisa ser apreciado.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que será muito difícil a PEC da Previdência tramitar até o envio do projeto de lei sobre a reforma previdenciária dos militares.

Análise gráfica da equipe da Santander Corretora destacou que uma forte pressão vendedora perdeu fôlego.

"Diante disso, a retomada da pressão compradora impulsionará a tendência de alta do índice, que encontra resistência em 98.500 pontos", afirmou em nota a clientes.

Dados sobre o capital externo no segmento Bovespa mostraram estrangeiros reticentes, com o fluxo no ano passando a ficar negativo em R$ 5,9 milhões. Em fevereiro até dia 21, o saldo estava negativo em R$ 1,5 bilhão.

O dólar encerrou quase estável ante o real nesta segunda-feira, acompanhando o apetite por risco no exterior após os Estados Unidos prorrogarem o prazo para acordo comercial com a China, e com ajuste de posições na semana antes do Carnaval.

O dólar encerrou com variação positiva de 0,05%, a R$ 3,7440.

Durante a maior parte do dia, o dólar caiu, acompanhando o exterior, devido ao maior apetite por risco após os Estados Unidos prorrogarem o prazo para acordo comercial com a China, suspendendo um aumento tarifário previsto para 1º de março.

Já no final dos negócios, o dólar passou a operar mais perto da estabilidade, com ajustes de posições na última semana do mês e antes do Carnaval, quando o mercado brasileiro terá fluxo reduzido durante três dias.

Segundo o diretor de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira, participantes do mercado podem estar comprando dólar para proteção antes do Carnaval.

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o adiamento da alta de tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos da China graças a negociações comerciais produtivas.

Trump disse ainda que fará uma cúpula com a China para assinar qualquer acordo comercial final, sem descartar um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping.

No entanto, Trump disse a um grupo de governadores que, embora um acordo entre EUA e China possa acontecer muito em breve, também pode ser que ele não aconteça.

"Quando você lida com o Trump você nunca sabe... Ele é uma pessoa de mercado, não um político, é muito difícil saber o que tem na cabeça dele. A gente acha que tem uma tendência de se acertarem", afirmou Ferreira.

Na semana, o mercado acompanha ainda a divulgação de dados importantes nos EUA, com destaque para números do PIB e números de atividade industrial na China, além do depoimento do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Senado e à Câmara dos EUA.

Na agenda interna, o mercado acompanha a tramitação da reforma da Previdência no Congresso, com expectativa de instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Nesta segunda-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que avisou ao governo que será muito difícil que a PEC da Previdência tramite até que seja enviado o projeto de lei sobre a reforma previdenciária dos militares.

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