Resultados preliminares indicam que um experimento feito na Finlândia a partir do qual desempregados receberam uma renda básica por dois anos não incentivou os participantes a procurar trabalho e aumentar sua renda, informou o canal de notícias Euronews.
Na iniciativa, 2.000 desempregados foram selecionados aleatoriamente para receber um benefício mensal de 560 euros (R$ 2.365) do governo. O benefício não exigia que eles buscassem emprego e seria mantido caso conseguissem um trabalho.
As autoridades fizeram a ressalva de que os resultados são preliminares e levam em consideração apenas o primeiro ano dos dois em que o benefício foi oferecido. Por isso, ainda não é possível ter conclusões a respeito da eficácia do programa.
"O experimento da renda básica não aumentou o nível de emprego dos participantes durante o primeiro ano avaliado", disseram a agência do governo responsável pelo programa, a Kela, e o Ministério responsável por questões sociais e saúde em comunicado conjunto.
Por outro lado, a renda básica fez com que o nível de bem-estar dos que receberam o benefício fosse maior do que o do grupo de controle no experimento (que teve sua evolução acompanhada sem receber nada), informa a Euronews.
A ideia de uma renda básica universal vem ganhando força como instrumento para combater a desigualdade e enfrentar um futuro com menos empregos, resultado do avanço de tecnologias como inteligência artificial e automação.
Entre seus defensores estão personalidades do Vale do Silício, como o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, e Elon Musk, da Tesla.
Os resultados finais do estudo serão divulgados em 2020.
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