Laboratório em Itaipu desenvolve tecnologia para cidades inteligentes

Ferramentas de inovação buscam solucionar desafios enfrentados por municípios

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Bicicletas de compartilhamento no PTI (Parque Tecnológico de Itaipu) 
Bicicletas de compartilhamento no PTI (Parque Tecnológico de Itaipu)  - Kiko Sierich/Divulgação
Foz do Iguaçu

Com uma área de 54 mil metros quadrados que reúne três universidades e 55 laboratórios e centros de pesquisa, o PTI (Parque Tecnológico de Itaipu) servirá de núcleo de inovação para cidades inteligentes.

No espaço, localizado em Foz do Iguaçu (PR) e por onde passam 7.000 pessoas por dia, serão testadas tecnologias desenvolvidas pelos próprios engenheiros da fundação ligada ao parque. Eles desenvolvem tecnologias para a usina de Itaipu e para a economia das cidades próximas, por startups incubadas ali e por outras companhias interessadas.

Em janeiro, o laboratório começou a funcionar com compartilhamento de bicicletas e de carros elétricos por aplicativo, uso de luminárias inteligentes (com wi-fi e sensores para identificar tiros e outros incidentes) e drones para monitoramento de obras.

Foi criada uma sala de controle onde visitantes podem verificar dados sobre o uso dessas tecnologias dentro do parque, como quantidade de quilômetros percorridos pelas bicicletas. Também será por ali que se poderá intervir no funcionamento delas, controlando o nível de iluminação, por exemplo.

A iniciativa é resultado de uma parceria do parque com a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), ligada ao Ministério da Economia. 

Foram investidos até agora R$ 500 mil no laboratório, que serviram para iniciativas como a compra de 45 luminárias da fabricante israelense Juganu e de drones.

Pedro Sella, gestor do programa de desenvolvimento de negócios do PTI, diz que a iniciativa aproveita o grande fluxo de pessoas do parque para fazer dele uma cidade simulada. Dessa forma, é possível analisar o funcionamento de ferramentas que buscam solucionar desafios enfrentados por municípios reais.

Novas tecnologias devem ser trazidas para o espaço conforme diferentes necessidades do PTI e das cidades vizinhas sejam identificadas.

Tiago Faierstein, especialista em cidades inteligentes da ABDI, diz que a agência espera levar a ideia de usar parques tecnológicos como laboratórios de inovação para outros municípios do país. “A gente pretende mostrar aos prefeitos que as tecnologias existem, são confiáveis, testadas.”

 Entre os parâmetros das ferramentas que serão analisados estão, além da capacidade de cumprir o que prometem, a segurança cibernética e a possibilidade de integração com softwares para gestão municipal.

Em 2017, a agência anunciou projeto semelhante em parceria com o Inmetro, usando a sede dele, em Xerém, no Rio de Janeiro, como espaço para testes e homologação de novos projetos para cidades.

Faierstein diz que a ideia foi suspensa. Optou-se por usar o parque pelo fato de ele já ter uma estrutura mais preparada para a instalação de ferramentas digitais.

Maurício Sena, sócio da startup de Cascavel (PR) Mobhis, incubada no PTI, diz que estar no laboratório pode ajudar sua empresa a se aproximar de prefeituras e ter mais chances de levar seu serviço para diferentes cidades.

Sua companhia tem um app para aluguel de bicicletas compartilhadas. No modelo proposto pela empresa, as prefeituras pagam pelo serviço, que é gratuito para o usuário.

Informações da operação da sua startup na cidade de Passo Fundo (RS), onde ela possui 100 bicicletas para 28 mil usuários cadastrados, estarão disponíveis para quem visitar o parque em Foz do Iguaçu.
 

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