Renault cancela pagamentos de 30 mi de euros para Carlos Ghosn

Mais cedo, o advogado do ex-presidente da montadora pediu demissão

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Paris | Reuters

A Renault informou nesta quarta-feira (13) que cancelou um pacote de indenização do executivo Carlos Ghosn, de 30 milhões de euros, depois que ele foi forçado a deixar o comando do grupo após ser preso no Japão no final do ano passado acusado de fraude financeira.

Apoiado pelo governo francês, maior acionista da montadora, o conselho de administração da Renault decidiu retirar o pacote de 25,9 milhões de euros em pagamentos a Ghosn e cancelar 4 milhões a 5 milhões de euros relacionados a uma cláusula de não concorrência.

Os pagamentos a Ghosn, que continua detido no Japão esperando julgamento, estavam "sujeitos a sua presença na Renault", afirmou a companhia. "O conselho, por unanimidade, decidiu que tal condição não foi cumprida, disparando a perda dos direitos do senhor Ghosn."

Mais cedo, o principal advogado de Ghosn no Japão, Motonari Otsuri, pediu demissão.

Ghosn afirmou que a mudança de advogados é "a primeira etapa de um processo" que permitirá "restabelecer sua inocência".

"Estou impaciente para poder me defender, com vigor, e esta escolha representa para mim a primeira etapa de um processo não apenas para restabelecer minha inocência, mas também para jogar luz sobre as circunstâncias que levaram a minha detenção injusta", afirmou em um comunicado enviado à imprensa.

Ghosn é acusado de três delitos de abuso de confiança e de dissimulação de renda às autoridades da Bolsa entre 2010 e 2018. Ele nega.

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