Setor de serviços fecha 2018 no negativo e tem 4ª queda consecutiva, diz IBGE

Segmento de cobrança e segurança privada foram os que tiveram maior retração

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São Paulo

O volume de serviços encerrou 2018 com queda de 0,1%, no quarto resultado anual negativo seguido. O índice, porém, foi menos intenso que nos anos anteriores.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta quinta-feira (14) pelo IBGE, que registrara queda de 3,6% em 2015, de 5% em 2016 e de 2,8% em 2017. No período, a queda acumulada é de 11,1%.

Os serviços representam mais de 70% do PIB (Produto Interno Bruto). No fim do mês, o instituto divulgará o resultado de 2018 do principal indicador da atividade econômica.

O setor de serviços vai na contramão dos resultados da indústria e do varejo, que cresceram em 2018, em um ano que foi marcado por uma recuperação morna da economia e pela paralisação dos caminhoneiros, em meio à recuperação lenta do mercado de trabalho.

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Por causa da greve dos caminhoneiros, grupo de serviços relacionados a transportes e correio registrou aumento de 1,2%. - Jardiel Carvalho - 21.dez.17Folhapress

Com retração de 1,9%, o segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares puxou a queda do índice no ano.

As atividades que mais influenciaram a retração desse segmento são relacionadas a serviços de cobrança e informações cadastrais, soluções de pagamentos eletrônicos, engenharia e segurança privada.

Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, é característica desse setor a prestação de serviços a outras empresas, e seu peso no acumulado negativo tem a ver com o momento desfavorável da economia como um todo, já que as empresas em contenção de gastos costumam dispensar esse tipo de serviço. 

Outra atividade com taxa negativa foi a de serviços de informação e comunicação, com baixa de 0,5%.

Os destaques positivos foram para outros serviços, com 1,9%, e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com 1,2%. 

Lobo afirma que a alta deste último segmento já vinha refletindo, desde outubro, a recuperação diante da paralisação dos caminhoneiros, “impulsionada, sobretudo, pelo avanço no volume de receitas de transporte rodoviário de carga, de gestão de portos e terminais, de transporte aéreo de passageiros e de operação de aeroportos”.

O setor de serviços vai na contramão dos resultados da indústria e do varejo, que cresceram em 2018, em um ano que foi marcado por uma recuperação morna da economia e pela greve dos caminhoneiros, em meio à recuperação lenta do mercado de trabalho.

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