SP diminui aumento na tarifa do gás priorizando indústrias

Para companhias do setor, elevação seria de 37% e passará para 23%

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São Paulo

O estado de São Paulo vai reduzir o aumento na tarifa do gás anunciada no início de fevereiro.

A medida deverá afetar principalmente as indústrias, que arcariam com uma elevação de 37% no preço do insumo. Em vez disso, o aumento será de 23%.

No caso dos consumidores residenciais, a elevação era de 11% e passou para 8%, segundo o governo.

Em entrevista a grupo de jornalistas no Palácio dos Bandeirantes, o governador paulista, João Doria (PSDB), disse que a redução foi possível em razão de negociação envolvendo o governo, a Congas
(concessionária responsável pela venda de gás encanado para a maior parte dos consumidores) e associações da indústria que consomem altos níveis de gás (vidro, química e cerâmica).

Segundo o governador, não foi preciso conceder incentivos fiscais para obter a redução das alíquotas.

Rodrigo Garcia, vice-governador do estado e titular da secretaria de governo, afirmou que chegou-se ao acordo levando-se em conta a perspectiva futura de queda do preço do gás adquirido junto à Petrobras nos próximos meses.

Garcia afirma que o aumento, que havia sido autorizado pela Arcesp (agência reguladora do setor de energia no estado) foi consequência do aumento do preço cobrado pela estatal.

Henrique Meirelles, secretário estadual da Fazenda, diz que o preço cobrado pela Petrobras limita a capacidade do estado de diminuir o custo do gás que, segundo ele, é caro no Brasil.

Para enfrentar o problema, o governo deve preparar um estudo junto a Fundação Getulio Vargas e outras instituições para indicar caminhos para aumentar a competição e o investimento no setor, a ser entregue à Petrobras.

"Temos condições de reduzir nos próximos anos o custo estrutural do gás no Brasil", afirmou.
 

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