Canadá aprova audiência de extradição de executiva detida da Huawei

Meng e a Huawei enfrentam acusações dos EUA de conspirar contra sanções ao Irã

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Ottawa

O governo canadense informou nesta sexta-feira (1°) que permitirá audiência de extradição da vice-presidente financeira da Huawei Technologies, que foi detida no Canadá no fim do ano passado.

Meng Wanzhou, atualmente em prisão domiciliar, comparecerá diante da corte em Vancouver em 6 de março para definição do dia da audiência. Meng e a Huawei enfrentam acusações dos Estados Unidos de conspirar para violar sanções norte-americanas ao Irã.

“Hoje, autoridades do departamento de Justiça do Canadá emitiram autorização, formalmente iniciando o processo de extradição de Meng Wanzhou”, informou o governo em comunicado.

“O departamento está satisfeito que haja evidência suficiente para ser apresentada diante de um juiz de extradição.”

Especialistas jurídicos previram que Ottawa daria sinal verde para o processo dada a relação judicial próxima entre Canadá e Estados Unidos.

Pode levar anos até que a executiva seja enviada para os EUA, já que o sistema judicial canadense permite múltiplas apelações.

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Meng Wanzhou, vice-presidente financeira da Huawei Technologies - Alexander Bibik/Reuters

A decisão deve azedar as relações já ruins do Canadá com a China, que exige a libertação de Meng.

Após a prisão, a China deteve dois cidadãos canadenses alegando motivos de segurança nacional. Um tribunal chinês também sentenciou à morte um canadense, preso por contrabando de  drogas.

O ministro da Justiça canadense, David Lametti, recusou-se a comentar.

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