Dólar emenda segunda alta seguida acima de 1% e fecha perto de R$ 3,90

Piora no cenário externo e dúvidas sobre a reforma da Previdência impulsionam a moeda

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São Paulo

O dólar subiu mais de 1% pelo segundo pregão consecutivo, enquanto investidores acompanham a piora na economia global e, ao mesmo tempo, cobram por notícias da reforma da Previdência. A Bolsa brasileira fechou em leve alta.

A moeda americana ganhou 1,30%, a R$ 3,8860, no maior patamar de fechamento do ano. De uma cesta de 24 divisas emergentes, 20 perderam valor para o real nesta quinta.

Investidores seguem receosos com a piora na economia global, que ganhou novo indicador nesta quinta com projeções piores para o PIB e a inflação da Zona do Euro.

Depois, o presidente do Banco Central do bloco, Mario Draghi, afirmou que os juros do bloco só devem voltar a subir no próximo ano, o que voltou a fortalecer o dólar ante a maior parte das divisas.

No mercado local, a preocupação segue sendo a reforma da Previdência. Após o fechamento do mercado de câmbio, Bolsonaro publicou suas primeiras mensagens no Twitter sobre a reforma da Previdência após 20 de fevereiro, o dia que entregou o projeto ao Congresso.

O presidente está sendo cobrado pelo mercado financeiro a defender a reforma, o que não vinha ocorrendo. Gerou frustração ainda que, antes da saída para o feriado de Carnaval, Bolsonaro tenha se disposto a ceder em pontos que não estavam sendo questionados, como a idade mínima de aposentadoria para mulheres.

Após as mensagens, o Ibovespa, principal índice acionário do país, voltou a subir e fechou o dia com ganho de 0,13%, a 94.340. O giro financeiro foi de R$ 13,2 bilhões, ainda abaixo da média do ano.

Para Victor Candido, da corretora Guide, a inversão de sinal não foi relacionada às mensagens, mas a um pequeno movimento de compras após a Bolsa ter perdido o patamar de 94 mil pontos durante o pregão.

No exterior, as principais Bolsas fecharam o dia no negativo.

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