Descrição de chapéu Previdência

Maioria dos deputados prefere não se posicionar sobre reforma da Previdência

Menos da metade da bancada do PSL, partido de Bolsonaro, se declara a favor

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São Paulo

A reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro (PSL) não recebe apoio claro do partido do presidente.

Dos 53 deputados do PSL, menos da metade (45%) se declara a favor, e menos de um terço (28%) afirma apoiar mudanças nos benefícios assistenciais para deficientes e idosos em situação de miséria (o chamado BPC).

Também não há maioria entre os parlamentares que se dizem a favor (42%) das alíquotas de contribuição progressivas, que propõe cobrar porcentagens maiores de quem recebe maiores rendimentos.

Os 513 deputados federais foram procurados por telefone e mensagens desde o fim de fevereiro; 62% responderam sobre quatro eixos da PEC (Proposta de Emenda à Constituição).

Apesar de repetidas tentativas em um intervalo de 15 dias, 197 deles (38%) não atenderam a reportagem.

Outros cerca de 30% disseram não ter ainda opinião formada ou preferiram não declarar posição em relação a alguma das quatro questões —alterações nas regras para o setor privado, alterações nas regras para o setor público, alíquotas progressivas e mudanças no BPC.

Dos itens avaliados, o que recebeu maior apoio foi a cobrança de alíquotas maiores de quem ganha mais: 20% se disseram a favor, e 12%, contra.

A mudança no BPC encontra a maior resistência: 27% expressaram ser contra e só 8% afirmaram apoiar.
Considerando os partidos de oposição (PT, PSB, PDT, PSOL, PC do B, Rede e PPL), que somam 135 deputados, o item com maior apoio —ainda que minoritário, de 13%— foi a alíquota progressiva.

Os oitos deputados do Novo foram os mais coesos: todos responderam à Folha, e o apoio à reforma foi unânime.

Amanda Lemos, Géssica Brandino, Carlos Bozzo Junior, Caroline Apple, Laíssa Barros e Luciano Máximo

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