Petrobras fecha venda de participação em operações no Paraguai e na Bacia de Campos

Grupo Copetrol pagará US$ 331,5 milhões por 70% em distribuidoras paraguaias

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Rio de Janeiro e São Paulo | Reuters

A Petrobras informou que finalizou nesta sexta-feira (7) a venda de 100% de sua participação societária em distribuidoras de combustíveis no Paraguai para o Grupo Copetrol, com o recebimento de US$ 331,5 milhões, segundo a empresa informou em nota para o mercado financeiro.

O valor soma-se a US$ 49,3 milhões que já haviam sido pagos na data de assinatura do contrato, resultando em um total de US$ 380,8 milhões.

A transação foi fechada com a Paraguay Energy, subsidiária do Grupo Copetrol, e prevê também o licenciamento da marca Petrobras pela empresa Nextar (sucessora da Petrobras Paraguay Operaciones y Logística SRL) com exclusividade nas estações de serviço paraguaias por período inicial de cinco anos.

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Fachada da Petrobras em sua sede no Rio de Janeiro - Marcelo Fonseca/Folhapress

Também nesta sexta-feira, a estatal anunciou que assinou contrato para a venda da operação e de toda a sua participação no campo de Maromba, nas águas rasas da Bacia de Campos. A empresa de serviços BW Offshore comprou a fatia de 70% do campo por US$ 90 milhões.

A operação havia sido aprovada na quarta-feira, sem restrições, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo publicação do órgão antitruste, a BW Offshore também teve aval para a compra dos 30% restantes do ativo junto à norte americana Chevron.

O valor da transação com a Petrobras, de US$ 90 milhões, deverá ser pago em três parcelas, sendo US$ 20 milhões na data de fechamento da operação e US$ 20 milhões em até 15 dias úteis após o início das atividades de perfuração de poços para o desenvolvimento do campo.

Já os US$ 50 milhões restantes deverão ser pagos em até três meses após o primeiro óleo ou três anos após o início das atividades de perfuração de poços para o desenvolvimento do campo, o que ocorrer primeiro.

"A BW Offshore passará a operar o campo a partir do fechamento da transação, que está sujeita ao cumprimento das condições precedentes previstas no contrato de compra e venda, tais como a aprovação do Cada e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)", afirmou a Petrobras.

A venda de ativos em águas rasas faz parte da atual estratégia da Petrobras de focar seus esforços e investimentos na exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas.

Após os anúncios das negociações, a agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou a nota de crédito "stand-alone" da Petrobras em dois níveis, de "BB-" para "BB+", enquanto manteve o nível de risco da dívida corporativa da companhia em "BB-", com perspectiva estável.

"A Fitch destacou que a elevação da nota stand-alone reflete uma robusta geração de caixa e redução significativa da dívida da Petrobras, que vem reportando nos últimos anos melhoria da sua estrutura de capital", disse a companhia.

A petroleira disse ainda que, a partir dessa revisão, a classificação concedida à Petrobras na categoria stand-alone supera o rating da companhia em escala global, que acompanha a nota do Brasil, acionista controlador da empresa.

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