Bolsonaro diz não ver problema em general ter salário maior que o dele

Reajuste para patentes mais altas depende de aprovação do Congresso

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Antonio Temóteo
Brasília | UOL

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste sábado (27) que não está preocupado com o fato de que generais, almirantes e brigadeiros poderão ter um salário maior que o dele —que hoje corresponde a R$ 30,9 mil— no fim de carreira.

Isso ocorrerá se o projeto de reajuste dos militares for aprovado pelo Congresso Nacional.

O texto tramita no Congresso em paralelo à PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da reforma da Previdência, que trata de civis.

"Eu não estou preocupado com isso. Eu não estou preocupado com o meu salário. Eu estou servindo a pátria momentaneamente, tá ok?!", disse.

Bolsonaro conversou brevemente com jornalistas após participar por cerca de três horas do almoço de aniversário do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Walton Alencar, em Brasília.

O presidente voltou a defender benefícios na Previdência aos militares argumentando que eles não têm direito a hora extra, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), não podem ter filiação partidária ou ser sindicalizados.

Segundo ele, o custo de conceder todos esses direitos aos militares seria maior e penalizaria os cofres públicos.

"Não temos direito a greve, fundo de garantia, hora extra, sindicalização, filiação político-partidária. Completamente diferente. Se quiserem dar os mesmos direitos aos militares e botar na Previdência, o custo vai aumentar muito mais", afirmou o presidente.

"Então é um tributo que se exige de todos também para que possam bem cumprir a missão. Essa classe tão maravilhosa que nos momentos mais difíceis da nação sempre esteve ao lado do povo", declarou Bolsonaro, sempre reforçando seu passado no Exército. O presidente é capitão reformado.

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Bolsonaro posa para foto com policiais em Brasília, neste sábado (27) - Adriano Machado/Reuters
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