A China manterá o apoio político à economia, que ainda enfrenta "pressões negativas" e dificuldades após um crescimento melhor do que o esperado no primeiro trimestre, disse nesta sexta-feira (19) um importante órgão do Partido Comunista.
O comunicado do politburo — órgão máximo do Partido que, de fato, governa a China — ocorre dois dias após o país ter registrado um crescimento anual de 6,4% no trimestre de janeiro a março, desafiando as expectativas de uma nova desaceleração, com a produção industrial subindo acentuadamente e a demanda dos consumidores mostrando sinais de melhora.
"Embora afirmando plenamente as conquistas, devemos ver claramente que ainda há muitas dificuldades e problemas nas operações econômicas", afirmou a agência de notícias oficial Xinhua, citando uma reunião do politburo comandada pelo presidente da China, Xi Jinping.
"O ambiente econômico externo está se contraindo no geral e a economia doméstica está sob pressão descendente".
"A China implementará ajustes anticíclicos de maneira oportuna e apropriada, enquanto a política fiscal pró-ativa se tornará mais contundente e eficaz, e a política monetária prudente não será nem muito apertada nem muito frouxa", disse a agência.
Para este ano, o governo chinês divulgou cortes de impostos e taxas no valor de ¥ 2 trilhões (US$ 298,35 bilhões, o equivalente a R$ 1,17 trilhões) para aliviar o peso sobre as empresas, enquanto o banco central reduziu as reservas compulsórias cinco vezes desde o início de 2018 para estimular os empréstimos.
Mais medidas de flexibilização política são amplamente esperadas.
Nesta sexta-feira, o politburo reiterou que o governo chinês apoiará efetivamente a economia privada e o desenvolvimento de pequenas e médias empresas.
O crescimento econômico da China deve desacelerar para uma mínima recorde em quase 30 anos de 6,2% neste ano, mostrou uma pesquisa da Reuters na semana passada, à medida que a demanda fraca no país e no exterior pesa sobre a atividade, apesar de uma enxurrada de medidas de apoio.
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