O Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, encerrou em queda nesta terça-feira (2), em realização de lucros após subir 4,52% em três sessões, também influenciado pelo viés negativo no cenário externo, enquanto investidores permanecem na expectativa de novidades sobre a pauta de reformas do governo, em particular mudanças nas regras de aposentadorias.
A bolsa caiu 0,70%, a 95.386 pontos. O volume financeiro somou R$ 11,8 bilhões.
Para Rodrigo Zauner, sócio e analista da SVN Investimentos, o índice acompanhou o movimento de acomodação no exterior, dada a falta de notícias sobre a reforma da Previdência no cenário doméstico.
"O mercado financeiro tenta precificar qualquer notícia e a falta delas gera oportunidade para realização de lucros", afirmou.
Em Wall Street, o índice de referência S&P 500 fechou estável, após três sessões consecutivas de ganhos, enquanto os contratos futuros do petróleo subiram com cortes de oferta liderados pela Opep e sanções dos EUA sobre Venezuela e Irã.
Nesta terça, o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou que ainda é cedo para o governo fazer concessões sobre a reforma da Previdência, num momento em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, entra em campo para tentar afinar a articulação política em torno da proposta.
O dólar engatou nesta terça-feira a quarta queda consecutiva frente ao real, afastando-se mais dos picos em seis meses alcançados na semana passada, conforme investidores reagiram a expectativas de ingressos de recursos, mas sem tirarem atenção do noticiário envolvendo a reforma da Previdência
A moeda americana fechou em queda de 0,46%, a 3,8580 reais na venda. Ao longo do dia, a cotação oscilou entre 3,8490 reais (-0,70 por cento) e 3,8800 reais (+0,10 por cento).
Na semana passada, o dólar chegou a superar os R$ 4 durante os negócios, antes de terminar a R$ 3,9545, maior patamar desde outubro do ano passado.
No mercado futuro da B3, a referência do dólar tinha alta de 0,10% nesta terça, a R$ 3,8635.
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