Em vídeo, ministro diz para caminhoneiros que está cumprindo o combinado

Resolução acaba com multa para caminhoneiro que denunciar empresa que não cumpre frete

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São Paulo

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, enviou via WhatsApp, na noite desta terça-feira, (30) um vídeo para os representantes dos caminhoneiros que estiveram com ele na última semana.

Na gravação, Freitas fala sobre a resolução da ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres), publicada também nesta terça, que acaba com a multa para o caminhoneiro que descumprir da tabela ou denunciar a empresa que não paga valor mínimo do frete.

“A ideia é não inibir o caminhoneiro que quer fazer uma denúncia de uma empresa que está, por exemplo, praticando um valor inferior a tabela. Então, promessa cumprida”.

Segundo a ANTT, a forma como o texto da lei havia sido escrito desmotivava os motoristas a fazer denúncias, pois eram aplicadas o mesmo tipo de punição para empresa e caminhoneiro. De acordo com a agência, percebeu-se uma baixa efetividade na fiscalização, pois os motoristas desviavam dos postos.

Na segunda-feira passada (22), o ministro se reuniu com representantes da categoria e dirigentes das 11 principais centrais sindicais do setor. Vários dos motoristas presentes defendiam uma nova paralisação no dia 29, caso o governo não anunciasse medidas imediatas. Depois da reunião, o chamado para a paralisação foi suspenso.

No vídeo desta terça, feito para ser distribuído entre grupos de caminhoneiros no WhatsApp, Freitas também disse que o governo aumentou o número de fiscalizações nas estradas. “Nos últimos 20 dias, foram mais de 1.300 autuações contra empresas que descumpriam o piso mínimo do frete”, afirma.

O ministro também encaminhou aos caminhoneiros gravações feitas por fiscais da ANTT dizendo que estavam fiscalizando a tabela do frete. Ele mandou quatro gravações no qual os fiscais falam a data, o nome, o local onde estão e dizem estar fazendo a fiscalização da tabela do frete.

 

O cumprimento da lei que estabeleceu um preço mínimo para o frete rodoviário é uma das principais reivindicações dos caminhoneiros. Eles afirmam que, apesar de a lei ter sido decretada no governo de Michel Temer, a falta de fiscalização faz com que a maioria das transportadoras pague menos que o previsto na tabela.

Na última quarta, a ANTT também atualizou a tabela do frete após aumento de 10% no preço do diesel, de acordo com resolução publicada no Diário Oficial da União. O reajuste era outra reivindicação dos motoristas.

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