MIT corta relações com chinesas de tecnologia Huawei e ZTE por supostas violações

Ruptura vem após investigações do governo americano apontarem irregularidades; EUA suspeitam de espionagem do governo chinês

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Bangalore | Reuters

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), uma das principais universidades dos Estados Unidos, cortou relações com a Huawei e com a ZTE Corp. Autoridades norte-americanas investigam as empresas chinesas por supostas violações de sanções, disse o MIT na última quarta-feira (03).

O MIT é a mais recente instituição educacional de elite a desligar equipamentos de telecomunicações feitos pela Huawei e outras empresas chinesas para evitar perder o financiamento federal.

REUTERS

"O MIT não está aceitando novos compromissos e nem irá renovar os já existentes com a Huawei e ZTE ou suas respectivas subsidiárias devido a investigações federais sobre violações de restrições de sanção," disse Maria Zuber, sua vice-presidente de pesquisa, em uma carta em seu site.

"O instituto revisitará colaborações com essas entidades conforme as circunstâncias determinam", disse ela.

"Estamos decepcionados com a decisão do MIT, mas entendemos a pressão que estão sofrendo no momento", disse a Huawei nesta quinta-feira (04). A empresa nega as alegações do governo dos EUA.

"Nós confiamos que o sistema judiciário dos EUA chegará à conclusão correta", disse a Huawei.

Suspeita de espionagem

A disputa pelo domínio da infraestrutura mundial de internet entre Estados Unidos e China já se arrasta há anos. 

O governo americano tenta oficialmente bloquear a participação da Huawei na infraestrutura de telecom (incluindo cabos submarinos) desde 2012, quando a empresa foi oficialmente classificada como “ameaça de segurança”.

O medo não é infundado. Cerca de 95% de toda a transmissão de dados intercontinentais passa por estes cabos e em 2013 Edward Snowden, ex-técnico da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA), disse que os próprios Estados Unidos grampearam alguns destes cabos, interceptando inclusive informações pessoais da então presidente brasileira Dilma Rousseff e da chanceler alemã Angela Merkel.

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