O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) instaurou no dia 18 um procedimento preparatório de inquérito administrativo para acompanhar a venda dos ativos da Avianca. O leilão será em 7 de maio.
A preocupação do Cade com a concentração a que pode chegar o setor aéreo brasileiro com a entrada da Latam e a da Gol na disputa pela Avianca foi antecipada pela coluna Painel S.A. no início deste mês.
O plano de recuperação da empresa aérea determina que seus ativos sejam fatiados em sete UPIs (unidades produtivas isoladas, que não incluem dívidas).
A proposta aprovada pelos credores foi elaborada pelo fundo Elliott, maior credor da Avianca, em conjunto com Gol e Latam.
As duas companhias concorrentes se comprometeram a fazer propostas de ao menos US$ 70 milhões (R$ 275,5 milhões no câmbio atual) por ao menos uma das UPIs.
Para o Cade, como Gol e Latam já têm participações de mercado elevadas nas rotas em que a Avianca atua, a aquisição dos ativos por elas traria “as preocupações concorrenciais mais elevadas”.
Em ofício à Anac também no dia 18, o superintendente-geral do órgão, Alexandre Cordeiro, fala em “efeitos extremamente deletérios ao ambiente concorrencial” se a distribuição dos slots (autorizações de pousos e decolagens) se der entre outras aéreas do mercado.
A Azul anunciou na quinta-feira (18) que desistiria da oferta pela compra de parte da Avianca.
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