O preço médio do diesel nos postos brasileiros caiu 0,14% na última semana, chegando a R$ 3,549 por litro. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (5) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).
A leve queda é resultado da nova política da Petrobrás, que anunciou na semana passada que os reajustes do diesel ocorrerão, no mínimo, a cada 15 dias. A estatal mantém o preço estável nas refinarias desde o dia 22 de março.
No primeiro trimestre do ano, a alta acumulada do diesel nos postos foi de 3%. Já nas refinarias da Petrobrás, o aumento chegou a 18,5%. O repasse dos preços das refinarias até as bombas depende de fatores como impostos, margens de distribuição e revenda e misturas de biocombustíveis.
A gasolina, por outro lado, sofreu hoje um reajuste de 5,6% – o primeiro desde o dia 19 de março – e chegou ao preço médio de R$ 1,9354 por litro nas refinarias. É o maior valor deste combustível desde 30 de outubro do ano passado.
Nos postos, a gasolina acumulou alta de 0,9% nos três primeiros meses de 2019. Nas refinarias, este avanço foi de 21,5%.
A decisão da Petrobrás de aplicar reajustes menos frequentes é uma resposta do presidente Jair Bolsonaro às demandas dos caminhoneiros, que se mostram novamente insatisfeitos com os preços dos combustíveis. A principal reclamação é de que os acordos firmados com a categoria pelo ex-presidente Michel Temer em 2018 ainda não foram cumpridos.
No último sábado (30), cerca de 40 caminhoneiros realizaram uma carreata em Curitiba. Bolsonaro já havia se dirigido à categoria através de uma live no Facebook na quinta-feira (28). Há temores de que a pressão dos motoristas sobre o governo possa culminar em nova paralisação, como a de maio de 2018, caso as reivindicações são sejam atendidas.
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