Descrição de chapéu Financial Times

Reaction Engines anuncia grande avanço nas viagens espaciais

Empresa testou com sucesso sua tecnologia de pré-resfriamento, essencial para refrigerar os motores-foguete

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Londres | Financial Times

A companhia britânica Reaction Engines anunciou um grande avanço tecnológico em seus esforços para construir um avião capaz de viajar ao espaço.

Sediada em Oxfordshire, a empresa testou com sucesso sua tecnologia de pré-resfriamento, essencial para refrigerar os motores-foguete quando estes atingem temperaturas elevadíssimas, ao voar em velocidades três vezes maiores que a do som.

Os pré-refrigeradores da Reaction Engines são formados por quilômetros de tubos metálicos entrelaçados, com revestimentos mais finos que um fio de cabelo humano. Essa tecnologia de pré-refrigeração extrai calor do ar que flui em alta velocidade ao entrar nos motores a jato.

Foguete no céu da Índia
Empresa testou com sucesso sua tecnologia de pré-resfriamento, essencial para refrigerar os motores-foguete - P. Ravikumar/Reuters

No momento, o sistema é capaz de refrigerar o ar dos 420ºC de temperatura para cerca de 20ºC em um vigésimo de segundo.

"Trata-se de um marco significativo, que leva a tecnologia de pré-refrigeração da Reaction Engines a um desempenho sem paralelo na transferência de calor", disse o presidente-executivo da Mark Thomas.

Novos testes dos motores Sabre da companhia devem acontecer ainda este ano em Buckinghamshire.

A Reaction Engines foi criada em 1989 por Alan Bond, Richard Varvill e John Scott Scott (morto em 2015), conhecidos como "os três fogueteiros". Eles deixaram seus empregos para buscar o sonho das viagens espaciais.

Os pesquisadores dedicaram mais de 30 anos ao desenvolvimento de seu "avião espacial" equipados com motores-foguete, concebido para viajar de Londres a Nova York em menos de uma hora, e para levar viajantes ao espaço e trazê-los de volta em voos comerciais de preço acessível.

A Reaction Engines obteve mais de £ 100 milhões (R$ 502 milhões) em capital nos últimos três anos, de investidores estatais e privados como a Boeing, Rolls-Royce e BAE Systems.
 
Financial Times, tradução de Paulo Migliacci

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