Descrição de chapéu Previdência Governo Bolsonaro

Se for vontade do Congresso, itens da reforma serão suprimidos, diz secretário

Rogério Marinho afirma que governo defende aprovação integral da PEC, mas respeita Parlamento

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Brasília

Após uma onda de oposição no Congresso à proposta de mudança em benefícios para idosos carentes e na aposentadoria rural, o secretário especial de Previdência e Trabalho do ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou nesta terça-feira (2) que os itens serão suprimidos da reforma da Previdência se for vontade da maioria dos parlamentares.

O secretário ponderou que o governo seguirá empenhado em defender a aprovação integral da proposta apresentada pelo governo.

Na semana passada, líderes que representam a maioria dos deputados declararam oposição às mudanças nas duas áreas.

Rogério Marinho, secretário especial de Previdência e Trabalho do ministério da Economia - Folhapress

“Treze partidos já se posicionaram contra esses dois itens, mas vamos continuar a debatê-los. Se a maioria assim entender, os itens serão suprimidos, até porque o papel do Parlamento é aperfeiçoar o projeto”, afirmou o secretário.

O governo propõe que o pagamento de um salário mínimo do BPC (Benefício de Prestação Continuada) seja pago aos 70 anos de idade, e não mais aos 65. Também quer uma ampliação de idade e contribuição para trabalhadores rurais.

De acordo com Marinho, para tentar convencer os parlamentares, o governo vai detalhar os números da Previdência, apresentando qual seria o impacto para as contas públicas da retirada de cada ponto do projeto.

Nesta terça (02), o ministro da Economia, Paulo Guedes, recebe diversos grupos de parlamentares. É o primeiro movimento concreto depois que ele decidiu entrar pessoalmente na articulação da reforma da Previdência.

No primeiro encontro, com a bancada do PSD, o ministro foi avisado que o apoio à proposta só será possível com a retirada desses dois pontos. De acordo com o deputado Júlio Cesar (PSD-PI), Guedes não fez comentários sobre o tema.

“Aquilo já está fora de discussão. Em excluindo isso, a resistência dentro do partido é muito pequena. A omissão dele [Guedes], a gente entende que é uma concordância tácita”, disse.
 

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