Um tribunal de Tóquio aprovou nesta sexta-feira (5) pedido de promotores para deter Carlos Ghosn por dez dias para interrogatórios posteriores, rejeitando recurso do advogado do ex-presidente da Nissan para libertá-lo enquanto ele enfrenta acusações de má conduta financeira.
O Tribunal Distrital de Tóquio disse que aprovou o pedido dos promotores para deter Ghosn até 14 de abril. A decisão era amplamente esperada depois que os promotores prenderam Ghosn pela quarta vez em seu apartamento em Tóquio na quinta-feira.
Promotores prenderam Ghosn por suspeita de que o ex-chefe da Nissan e Renault tenha tentado se enriquecer com uma quantia de US$ 5 milhões às custas da Nissan.
Em um comunicado na quinta-feira, Ghosn disse que ele era inocente das "acusações infundadas" contra ele. O ex-executivo também chamou a mais recente detenção de uma tentativa de silenciá-lo.
O escândalo envolvendo Ghosn abalou a indústria automobilística global e desgastou os laços entre a Nissan e sua parceira global Renault. Também colocou um foco sobre o sistema judicial do Japão.
A prisão de quinta-feira aconteceu 30 dias depois que Ghosn foi libertado com fiança de US$ 9 milhões de um centro de detenção de Tóquio. Especialistas legais caracterizaram a mudança como algo raro para alguém que já foi libertado sob fiança.
Segundo a lei japonesa, os procuradores podem solicitar uma prorrogação de mais dez dias de detenção antes de apresentar acusações formais contra suspeitos ou deixá-los ir.
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