Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Araújo viaja a Paris para reforçar pleito do Brasil de ingressar na OCDE

Entrada do país no chamado clube dos países ricos é um dos principais pleitos do ministro

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Brasília

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, embarca para Paris na noite desta terça-feira (21) para participar da reunião ministerial dos membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e reforçar o pleito do Brasil de ingressar na entidade.

A entrada do país no chamado clube dos países ricos é um dos principais objetivos da gestão de Araújo à frente do Itamaraty. O argumento é que o Brasil ganharia, com isso, um selo de qualidade que melhoraria a confiança dos investidores internacionais.

Chanceler Ernesto Araújo (MRE), durante cerimônia de formatura da turma do Instituto Rio Branco
Chanceler Ernesto Araújo (MRE) durante cerimônia de formatura da turma do Instituto Rio Branco - Pedro Ladeira/Folhapress

No entanto, as pretensões brasileiras ainda dependem de uma discussão entre os Estados Unidos e os integrantes europeus do bloco sobre os critérios de admissão de novos membros e a forma como a expansão deve ocorrer.

Após o encontro entre os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump em Washington, em março, os EUA aceitaram levantar o veto que mantinham à admissão do Brasil. Os norte-americanos, no entanto, resistem à ideia da União Europeia de aceitar a candidatura da Bulgária logo após a brasileira.

A previsão atual é que a Argentina e Romênia sejam aceitas como postulantes nos próximos meses. Já o Brasil espera ser aceito no início do ano que vem.

O objetivo da viagem de Araújo é reforçar o pleito do governo Bolsonaro. Nesse sentido, interlocutores no Itamaraty afirmaram à Folha que Araújo deve se encontrar na tarde desta quarta-feira (22) com o secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría.

Os negociadores brasileiros tentam argumentar que o Brasil tem precedência sobre a Bulgária, em razão da enorme diferença de tamanho das duas economias.

A ampliação da OCDE deve ser discutida pelos seus membros na quinta-feira (23). A disputa em aberto entre norte-americanos e europeus é uma das razões pelas quais o Brasil não espera um apoio formal dos EUA ao ingresso do Brasil na reunião ministerial da OCDE desta semana.

Após oficializada a candidatura, a entrada na OCDE demora em média de dois cinco anos para se concretizar. 

Para conseguir a promessa de apoio do governo Trump, o Brasil aceitou abrir mão do tratamento diferencial que tem direito na OMC (Organização Mundial do Comércio) por se declarar um país em desenvolvimento. 

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