Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Guedes diz que parlamentares reeleitos são legítimos e não devem ser criticados

Ministro da Economia faz aceno ao Congresso às vésperas de manifestações

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Brasília

Às vésperas das manifestações de domingo, o ministro Paulo Guedes (Economia) fez, nesta quarta-feira (22), um aceno ao Congresso e disse que parlamentares reeleitos são legítimos e precisam ser respeitados.

Ataques de integrantes do governo, inclusive do presidente Jair Bolsonaro, elevaram as tensões, nos últimos dias, entre a Palácio do Planalto e o Congresso.

“Eu estou absolutamente seguro dessa dinâmica de sociedade aberta, nessa cooperação entre os Poderes, nesse alinhamento dos representantes do povo, dos deputados, dos senadores, dos juízes”, declarou o ministro.

Ministro da Economia, Paulo Guedes, durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento
Ministro da Economia, Paulo Guedes, durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

"E os jovens [parlamentares] vêm para mudar. Os jovens estão chegando já querendo mudar. E os que estavam aqui e foram renovados são representantes legítimos. Não pode haver crítica”, concluiu.

Para ele, a “velha política” acabou, mas o governo ainda não sabe como é a “nova política”.

Em fevereiro, Bolsonaro enviou uma proposta de reforma da Previdência para que os deputados e senadores avaliem as medidas para endurecer as regras de aposentadorias.

Com isso, a equipe econômica prevê reduzir os gastos públicos em R$ 1,2 trilhão em dez anos. A meta de Guedes é que o corte seja de ao menos R$ 1 trilhão.

“Eu estou confiante que vamos aprovar com R$ 1 trilhão”, disse o ministro em evento promovido pelo jornal Correio Braziliense.

Guedes disse ter total apoio de Bolsonaro e, sobre as cobranças para que o presidente defenda mais a reforma, o ministro afirmou: “Ele é um homem íntegro. Ele não vai se falsificar, falsificar a natureza dele. Ele faz isso com dor. Eu faço isso com dor. Agora, tem que ser feito."

Além de agradecer a Bolsonaro por ter enviado a reforma ao Congresso, Guedes também citou o protagonismo assumido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na articulação pela reforma da Previdência.

"Como é que eu vou dizer que a classe política não está fazendo a parte dela?", questionou o ministro, lembrando que o Senado acompanha as discussões da reforma na Câmara para acelerar a análise da proposta.

No discurso, Guedes afirmou que, após a reforma da Previdência, o governo poderá dar sequência a medidas econômicas, entre elas, as privatizações para reduzir os gastos com pagamento de juros da dívida.

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