Piora na economia não altera interesse por IPO, diz presidente da Bolsa

Segundo Gilson Finkelsztain, mudanças dependem de aprovação de reformas

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São Paulo

A piora nas perspectivas para a economia não muda a agenda de IPOs (Oferta Pública Inicial de ações) prevista para esse ano, afirma o presidente da B3, Gilson Finkelsztain.

O executivo continua esperando fechar o ano com 20 a 30 operações, que incluem também ofertas subsequentes e não apenas o lançamento de novas ações. 

Neste ano, a Centauro abriu capital e outras quatro empresas fizeram ofertas subsequentes (Eneva, Burger King, Localiza e IRB).

Vista de painel do índice Ibovespa, principal indicador da Bolsa brasileira, a B3
Vista de painel do índice Ibovespa, principal indicador da Bolsa brasileira, a B3 - Futura Press/Folhapress

Segundo o presidente da B3, o PIB a 1%, como já preveem economistas para esse ano, ou a 2%, como previsto no começo de 2019, não muda o cenário para a Bolsa.

Ele afirma, porém, que o timing das operações dependerá do andamento da agenda de reformas do governo. É disso que depende a disposição de investidores de comprar os papéis dessas empresas.

“A demanda é mais seletiva. Os ofertantes [empresas] estão seguindo o plano”, diz.

Desde o começo do ano, investidores estrangeiros têm retirado dinheiro da Bolsa brasileira, reflexo da incerteza com a aprovação de reformas.

“Estrangeiros têm muito interesse de vir, mas tem que funcionar a articulação política”, afirma Finkelsztain.

A reforma da Previdência seria uma primeira demonstração que a articulação está funcionando, mas sozinha não seria suficiente. E reforçou que o mercado espera uma reforma capaz de economizar entre R$ 700 bilhões e R$ 800 bilhões em dez anos.

A proposta inicial do governo prevê corte de R$ 1,1 trilhão.

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