Setor público consolidado tem superávit primário de R$ 6,6 bi em abril

Segundo o Banco Central, performance positiva de Estados e municípios contribuíram para a economia

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Marcela Ayres
Brasília | Reuters

O setor público consolidado brasileiro teve superávit primário de R$ 6,6 bilhões em abril, um pouco acima do esperado, ajudado pela performance positiva de Estados e municípios, informou o Banco Central nesta sexta-feira (31).

Em pesquisa feita pela Reuters, a expectativa era de um superávit de 6,0 bilhões de reais para o mês.

No mesmo mês do ano passado, o superávit havia sido bem menor, de 2,9 bilhões de reais, puxado para baixo pelo déficit primário de R$ 2,5 bilhões dos governos regionais.

Desta vez, contudo, Estados e municípios ficam no azul em R$ 731 milhões, mostrou o BC.

O superávit do governo central (governo federal, BC e Previdência), por sua vez, foi de R$ 6,1 bilhões no período. O mês de abril é tradicionalmente positivo, embalado pela arrecadação com Imposto de Renda Pessoa Jurídica/Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido e com participações especiais da exploração da recursos naturais.

Mão de madeira segurando cédulas de real
Banco Central informa que setor público brasileiro teve superávit primário de R$ 6,64 bilhões em abril - Gabriel Cabral/Folhapress

Mas o Tesouro Nacional, que calcula o mesmo dado sob outra metodologia, reconheceu mais cedo nesta semana que o dado veio abaixo das expectativas, em meio à queda nas receitas num cenário de fraqueza da economia.

As empresas estatais encerraram abril com déficit de R$ 227 milhões, ante superávit de R$ 26 milhões um ano antes.

No acumulado de janeiro a abril o superávit do setor público consolidado foi de R$ 20 bilhões, mais que o dobro do saldo positivo de R$ 7,3 bilhões de igual período do ano passado.

Em 12 meses, o déficit, foi a R$ 95,6 bilhões, equivalente a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o BC.

Para o ano, a meta do governo é de um rombo primário de 132 bilhões de reais, sexto resultado consecutivo no vermelho.

DÍVIDA

Em abril, a dívida bruta subiu a 78,8% do PIB, contra 78,5% em março —maior percentual da série histórica do BC.

Por sua vez, a dívida líquida caiu a 54,2% do PIB, ante 54,3% no mês anterior.

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